Na última postagem, escrevi sobre o costume do jaleco, esse velho companheiro inseparável de muitos estudantes da área de saúde, muitas vezes por opção própria, desde os primeiros semestres dos cursos, como símbolo de status. Depois da formatura acabam sendo esquecidos.
Em diversos lugares do Brasil, há médicos que, de tão consagrados, se dão o luxo de trabalharem sem jalecos, acreditando que não precisam mais deles para ser reconhecidos como médicos. Às vezes, basta-lhes um estetoscópio pendurado no pescoço. Assim, esperam que todo mundo no hospital os cumprimente como se fossem políticos.
Isso me lembra um causo acontecido com um companheiro nosso, que, ao participar de um congresso de traumatologia, passou vergonha. Quase todos os presentes, inclusive outros estudantes de medicina, estavam de terno e gravata, enquanto ele, que estava de calça jeans, tênis e camisa casual, apresentou um trabalho científico assim mesmo, com as mãos nos bolsos quase o tempo todo, para espanto da banca examinadora. Se ele tivesse ao menos vestido um jaleco, teria ficado um pouco melhor caracterizado e aliviado a tensão no ambiente. Esse povo que talvez mal use jaleco ainda vem criticar as roupas do meu amigo. Como é que pode???
Vou investigar mais afundo essa história de jaleco. Quero saber como e onde tudo começou dessa tradição.
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