Águas de março de 2009
Sei que o mês de março já acabou e que estou atrasado, mas não podia deixá-lo passar em branco. Em março do ano passado, fiz uma postagem dedicada a um mês tão especial. Desta vez, não poderia ser diferente. Confira em http://conscienciaacademica.blogspot.com/2008/03/guas-de-maro.html.
No último mês, completei dez anos de vida universitária. Dez anos de ganhos e de perdas. Um bom motivo para celebrar. Como eu falei antes, eu saí desorientado do ensino médio, sem saber o que devia fazer ao certo na vida, mas achei o máximo mudar daquela velha rotina de colégio e entrar na universidade. Para mim, não importava o curso nem a universidade. O importante era ser universitário. Para mim, aquilo foi demais. Motivo suficiente para raspar a cabeça e tal. Empolgação total. Desde o tempo de colégio, aprendi que todo jovem deve ter como meta principal um diploma de ensino superior. Já não consigo imaginar a minha vida ou a de outros jovens sem a existência de um curso superior. Seria como imaginar a vida sem Deus, sem visão, sem capacidade de locomoção, sem saúde. Às vezes tenho saudade daquela época, porque já não tenho mais tanto daquilo que chamaria de “fôlego da juventude” como tinha naquele tempo. Depois de algum tempo, comecei a perceber que estava perdendo tempo, indo cursar uma faculdade só por cursar, com muito pouco envolvimento, talvez muito fingimento. Precisava evoluir. Então mudei de curso e fui para uma universidade melhor, também da área de saúde. Mesmo assim, ainda me sentia excluído. Precisava evoluir mais. Isso só foi possível quando dei um passo adiante, suspendi a faculdade em curso, esqueci o resto do mundo e assumi minha vocação. Desde então, muitas portas se abriram para mim. Mas até aí foram quase seis anos jogados fora. E como eles me fazem falta. Agora me resta ter paciência até o fim do próximo ano e não há nada que eu possa fazer para adiantar este processo. Falando nisso, a contagem regressiva que você vê na coluna direita deste blog se refere ao primeiro dia após a data prevista para meu baile de formatura, que eu tomo por base para determinar com uma certa margem de segurança o ocaso de minha vida acadêmica. Ela deve terminar bem antes disso, mas a data ainda é imprecisa demais. Mesmo assim, ela me parece ainda cada vez mais distante, tão distante...
Em março de 2009, completaram-se cinco anos do atentado ao metrô de Madri, que ocorreu em 11 de março de 2004. O mais curioso é que, no domingo seguinte ao atentado, veio o seguinte Evangelho:
“Neste mesmo tempo contavam alguns o que tinha acontecido a certos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com os seus sacrifícios. Jesus toma a palavra e lhes pergunta: Pensais vós que estes galileus foram maiores pecadores do que todos os outros galileus, por terem sido tratados desse modo? Não, digo-vos. Mas se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo. Ou cuidais que aqueles dezoito homens, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, foram mais culpados do que todos os demais habitantes de Jerusalém? Não, digo-vos. Mas se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo.”
São Lucas 13, 1-5.
A passagem acima, na minha opinião, quis dizer que as tragédias que acontecem em algum lugar do mundo não são necessariamente conseqüências dos pecados e que não devemos vê-las como castigos para as vítimas e seus familiares.
As águas de março levaram o deputado federal Clodovil Hernandez, figura ímpar na história da imprensa e da política, sem papas na língua. Eu não gostava do tipo de jornalismo em que ele geralmente trabalhava, aquele jornalismo de buchicho, mas tudo bem. Saiba mais sobre ele e o projeto de lei que ele deixou e que foi aprovado logo que ele se eternizou em:
http://deputadoclodovil.blogspot.com/.
http://cafecomnoticias.blogspot.com/2009/03/clodovil-hernandes-icone-que-fez.html.
http://portalubauna.blogspot.com/2009/03/senado-aprova-projeto-em-homenagem-ao.html.
E agora, até o ano que vem.
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Fim do exílio
Finalmente de volta ao meu aconchego...
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Evangelho de 06-04-2009
João 12, 1-11
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo João - Naquele tempo, 1Seis dias antes da Páscoa, foi Jesus a Betânia, onde vivia Lázaro, que ele ressuscitara. 2Deram ali uma ceia em sua honra. Marta servia e Lázaro era um dos convivas. 3Tomando Maria uma libra de bálsamo de nardo puro, de grande preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa encheu-se do perfume do bálsamo. 4Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de trair, disse: 5Por que não se vendeu este bálsamo por trezentos denários e não se deu aos pobres? 6Dizia isso não porque ele se interessasse pelos pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, furtava o que nela lançavam. 7Jesus disse: Deixai-a; ela guardou este perfume para o dia da minha sepultura. 8Pois sempre tereis convosco os pobres, mas a mim nem sempre me tereis. 9Uma grande multidão de judeus veio a saber que Jesus lá estava; e chegou, não somente por causa de Jesus, mas ainda para ver Lázaro, que ele ressuscitara. 10Mas os príncipes dos sacerdotes resolveram tirar a vida também a Lázaro, 11porque muitos judeus, por causa dele, se afastavam e acreditavam em Jesus. - Palavra da salvação.
http://www.catolicanet.com/?system=liturgia&action=ver_liturgia&ano=2009&data=06-04.
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segunda-feira, 6 de abril de 2009
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2 comentários:
Meu amiguinho Tony:
Resenhei a Última Tentação de Cristo e apresento as obras de David Hockney no Galeria. Espero que me visite. Acabo de voltar de uma pequena intervenção cirúrgica. Foi o meu irmão quem postou para mim.
Um beijo,
Renata
Não acho certo associar catástrofes naturais como aquele tsunami do Natal de 2004 no sudeste asiático ou os recentes terremotos na Itália ao "fim do mundo". Eventos assim sempre aconteceram desde o começo do mundo, antes mesmo de o ser humano existir.
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