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Seja bem-vindo ao blog Consciência Acadêmica.

Impressões pessoais sobre notícias ou sobre episódios cotidianos, além de informações de utilidade pública.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Não me dizem respeito

FALTAM 276 DIAS


Será que algumas coisas que acontecem ao seu redor realmente não têm nada a ver com você??? Leia o texto a seguir e pense bem a respeito disso.


 

Um rato olhando pelo buraco na parede vê o fazendeiro e a sua esposa abrindo um pacote.

Pensou logo em que tipo de comida poderia ter ali.

Ficou aterrorizado quando descobriu que era uma ratoeira.

Foi para o portão da fazenda advertindo a todos.

"Tem uma ratoeira na casa."

A galinha que estava cacarejando e ciscando, levantou a cabeça e disse:

"desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que é um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada,

não me incomoda."

O rato foi ate o cordeiro e disse a ele:

"tem uma ratoeira na casa, uma ratoeira."

"Desculpe-me Sr. Rato, mas não há nada que eu possa fazer a não ser orar, fique tranqüilo que o senhor será

lembrado nas minhas orações."

O rato dirigiu-se então a vaca. E ela disse:

"O que Sr. Rato? Uma ratoeira? Pôr acaso estou em perigo? Acho que não!"

Então o rato voltou para a casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro.

Naquela noite ouvi-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima.

A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego.

No escuro, ela não viu que a ratoeira pegou a calda de uma cobra venenosa. A cobra picou a mulher.

O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre.

Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja.

O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal – a galinha.

Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la.

Para alimentá-los o fazendeiro matou o cordeiro.

A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral.

O fazendeiro então sacrificou a vaca para alimentar todo aquele povo.

"Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não

lhe diz respeito lembre-se que, quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco.

Evangelize!!!!!!


 


 


 

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Trabalho duro

FALTAM 278 DIAS

Para que tanto esforço, só para roubar um carro, se existe a chave "mincha"??? Mais um texto de utilidade pública que recebi por e-mail e passo adiante por acreditar que seja factível, dada a criatividade dos criminosos.


 

AVISO DA POLÍCIA MILITAR - MUITO CUIDADO! REPASSEM POR FAVOR !

 MAIS UMA CRIATIVIDADE BRASILEIRA

AVISO DA POLÍCIA MILITAR

NOVA MODALIDADE DE ASSALTOS A VEÍCULOS

Imagine que você vai para o seu carro que deixou estacionado bonitinho, abre a porta, entra, tranca as portas para ficar em segurança e liga o motor.

Você não faz sempre assim?

Entretanto, olhando pelo espelho interno, você vê uma folha de papel no vidro traseiro, que te bloqueia a visão.

Então, naturalmente, xingando quem colocou um maldito anúncio no seu vidro traseiro, você põe o carro em ponto morto, puxa o freio de mão, abre a porta e sai do carro para tirar o maldito papel, ou o que seja que esteja bloqueando a sua visão.

Quando chega na parte de trás, aparece o ladrão, vindo do nada, te rende, entra e leva o seu automóvel c/ a chave na ignição, o motor que estava ligado (se tiver bloqueador já vai estar liberado), c/ a sua carteira, documentos e o que mais houver lá.

Assim, se houver alguma coisa bloqueando a sua visão, não desça do carro.

Arranque o seu veículo usando os espelhos retrovisores externos, espere e desça em outro local, mais à frente, c/ total segurança.

REPASSE!!! Esta é quente! Muito cuidado e atenção !!!

Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende.

Boa sorte, boa prevenção, e fiquem atentos .

 
 


 


 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Postagem de 24022010


FALTAM 279 DIAS
Comunicado
Nos próximos dias, estarei suspendendo as atividades do blog "Consciência Acadêmica" e me transferindo para um novo espaço. Motivo: já explorei todas as possibilidades de trabalho, neste blog antigo, já o remodelei tantas vezes que ele já está descaracterizado, e o resultado final de meu trabalho desenvolvido aqui ainda não ficou da maneira que eu desejava. Além disso, o título "Consciência Acadêmica" é incongruente com as idéias defendidas aqui e com o design do blog. Era para ser um título provisório, mas eu o deixei, porque ele já estava consagrado. No entanto, não há nada mais incongruente do que o nome da série de TV "Malhação", que já está há quinze anos no ar, completamente descaracterizada. Ela só está ainda no ar porque se adaptou aos novos tempos e ainda atrai a audiência dos adolescentes.
Voltando ao nosso caso, em respeito a mim mesmo, ao meu trabalho desenvolvido até agora e ao meu público, não vou mais mexer neste blog. Meu projeto não ficou do jeito ideal, mas ficou bom. Se melhorar, estraga. Não quero modificá-lo, para não descaracterizá-lo mais ainda, nem apagá-lo, para que não tenha sido em vão. Prefiro deixá-lo "congelado", para que seja visto assim como ele é agora e para que seja lembrado assim. O "Consciência Acadêmica" (http://conscienciaacademica.blogspot.com/) continuará no ar, porém, não receberá mais novas postagens. Melhor assim. Faço como fizeram os Beatles, que souberam parar no momento certo, pois, se o grupo tivesse continuado no rumo em que estava, logo os sentidos de suas canções se esvaziariam e eles perderiam a graça.
Recomeçarei minha vida de blogueiro quase do zero, assim como estão obrigados a fazer muitos haitianos, que perderam quase tudo (http://conscienciaacademica.blogspot.com/2010/02/terremotos.html). Por falar em Haiti, ainda temos muito a conversar sobre aqueles terremotos que ocorreram por lá. Aguarde.
Além de trabalhar em um novo blog, que divulgarei nos próximos dias, agora você também pode me encontrar no Twitter, onde postarei ensaios menores, as "postagens-relâmpagos", e deixarei os ensaios mais trabalhados e extensos para o blog maior, no qual terei cada vez menos tempo de postar. Meu endereço no Twitter é http://twitter.com/YnotNosirrah.


Súplica cearense
Ontem, o Brasil bateu o recorde de irradiação solar. Se distribuíssem células fotovoltaicas pelo território nacional, não faltaria energia solar e não haveria mais racionamento. O que aconteceu ontem foi que a incidência de raios ultravioleta esteve acima da média, em muitas capitais brasileiras, inclusive em Fortaleza, onde a radiação atingiu níveis extremos. Saiba mais em http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u697742.shtml.
De fato, em Fortaleza, a sensação térmica está elevada, mesmo à noite. Tem chovido muito pouco por aqui. Dizem que no interior do Estado está chovendo mais do que na capital. Há poucas expectativas de chuvas. Enfim, parece que estamos começando a sentir em nossa terra os efeitos globais do aquecimento global e da degeneração da camada de ozônio. O que podemos esperar agora?
Isso me lembra uma música de Luiz Gonzaga, o "rei do baião", que foi recentemente regravada pelo Rappa. Ela se chama "Súplica cearense". O "eu" da música é um sertanejo ingênuo que reza a Deus pedindo chuva, achando que a chuva é um fenômeno estritamente divino (há um componente divino na chuva, é claro) e, às vezes, culpando a si mesmo pela seca. Essa música é a cara da minha mãe, que parece uma mulher européia, apesar da origem sertaneja humilde. Ela é muito sensível ao calor. Vive reclamando do nosso clima, vive reclamando do calor, vive clamando à Deus por chuvas. E eu até lhe dou alguma razão. Eu também preciso de chuvas para viver. Todo mundo precisa. O homem do campo, para plantar e colher. As cidades, para que sejam lavadas e refrigeradas. Entretanto, temo que, no dia em que Deus ouvir suas preces, se crie uma situação fora de controle, como se verificou, ano passado, em alguns lugares de Fortaleza, onde o trânsito ficou mais caótico que o habitual, onde pessoas ficaram desabrigadas, e principalmente em Sobral e no resto da Zona Norte do Estado, com as vazantes dos rios e dos pântanos da região. Depois eu vou comentar sobre isso.
Em homenagem à minha mãezinha, que fez primaveras neste verão, no último dia onze, deixo aqui o clipe de "Súplica cearense", interpretado pelo Rappa.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Trote


FALTAM 280 DIAS
Leia a seguir texto que recebi pela Internet e que apresenta uma descrição caricata da trajetória de acadêmicos de medicina. Acredito que tenha certo fundamento, pois passei por essas fases.

Como reconhecer calouros

É possível reconhecer os calouros de longe. São pessoas irritantemente felizes e saltitantes, que têm fisionomia serena e jovial. Caminham pelo campus em grandes grupos, sempre uniformizados com a mala novinha em folha com o nome do curso, bem como vestem a camiseta promocional de 5ª categoria vendida pelos veteranos (muito tosca, no meu ano, por exemplo, foi uma camiseta preta com retângulo branco dentro do qual estava escrito MEDICINA em Times New Roman). Aliás, se você rabiscar EuU AmUuU MeDiXxXiNAa! (em miguxês mesmo!) numa folha de papel sulfite e vender pros calouros por R$20, eles compram. Ainda dão muita risada, vivem em barzinho tomando cerveja e comemorando o fato de fazerem Medicina, inundam os cursos de ECG e de Emergências, vão a congressos mas não sabem bulhufas de Clínica Médica, alugam-se a ler NEJM e outros periódicos clínicos. São humanizados e idolatram Patch Adams. Levam The Cell e Lehninger pra faculdade bem como xerocam tuuuuudo, o possível e o impossível. À medida que o tempo passa, porém, substituem os livros-texto pelos xeroxes de caderno dos nerds da frente... Os grandes grupos também diminuem, até que se atinja a conformação clássica da sala de aula: nerds da frente; comuns do meião; festeiros do fundão; fúteis ao lado dos comuns; geeks, fóbicos sociais e turistas esparsos ao fundo (do lado oposto ao dos festeiros, é claro!). Ocorrem cismas, até que as panelinhas estejam em pé de guerra. O sorrisinho some e dá lugar à fisionomia de cansaço e desalento. A cerveja do happy-hour é substituída por doses elevadas de Fluoxetina/Venlafaxina/Citalopram. Ah, aqueles que continuaram na cerveja viraram alcoólatras... Neste ínterim, um estudante comete suicídio (fora outros quatro que tiveram tentativas frustradas), uma garota engravida, um revela que é gay, um assume a cruz de "fdp oficial" e um decide que vai colocar o diploma na gaveta e abrir um restaurante. Ao final, na formatura, todos se abraçam calorosamente, choram e dizem que sentirão saudades dos tempos da faculdade. (Vai entender...)


Vejo como conveniente publicar esta postagem neste momento, enquanto se inicia mais um semestre letivo em muitas universidades federais, inclusive na minha, mas, para mim, o semestre e o ano começaram bem antes e só Deus sabe quando acabam, se é que acabam.
Neste momento, muitos jovens felizes pelas suas novas conquistas de vida estão chegando às universidades. Serão eles bem-recebidos???
Aproveito a ocasião para chamar a atenção para uma tradição fútil arraigada entre acadêmicos de diversas instituições de ensino superior: o trote violento e degradante. É bom que se ressalte isso, porque nem todo trote é violento e degradante. O trote pode ser bem aceito e tolerado como uma maneira educativa e respeitosa de introduzir os calouros na comunidade acadêmica. Existem os chamados "trotes solidários", nos quais os calouros são convidados a realizar pequenas ações sociais, como doação de sangue e arrecadação de alimentos e de agasalhos para pessoas carentes, por exemplo. É claro que, após esses atos de solidariedade, não podem faltar algumas festinhas, dentro dos limites da moral e do bom-senso, pois geralmente os calouros esperam encontrar algum tipo de animação, uma recepção calorosa, assim como os turistas que desembarcam em algumas ilhas do Pacífico são recebidos por lindas bailarinas que lhes presenteiam com colares de flores dançando "ula-ula" (http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u12472.shtml).
Entretanto, ainda não é sempre uma acolhida civilizada assim que se vê. Muito pelo contrário, ainda se vê muito daquela postura preconceituosa, prepotente, e revanchista de quem organiza a aplicação de trotes ofensivos.



Eu explico. No meio acadêmico, existe uma espécie de hierarquização virtual entre os alunos, como se estivessem em uma academia militar, que se baseia, não apenas no período em que o aluno se encontra, mas, também, no fato de alguns terem outras vantagens em relação aos colegas, como ter uma bolsa de estudos, ser monitor de alguma disciplina, fazer parte de algum projeto de pesquisa ou de extensão, ou ser membro de alguma liga, do centro acadêmico, da associação atlética ou de qualquer outra agremiação dentro do curso. Como não poderia deixar de ser, a classe social do indivíduo também influi. Na base desta "hierarquia" está o calouro, vulgo "bixo", que chega à faculdade como se estivesse chegando ao mundo: moralmente nu. Mesmo que seja de uma classe social favorecida, ele chega despido de qualquer coisa que lhe propicie ao menos ser "alguém" no curso e obter algum tipo de respeito. Ele ainda não pode ter alguns dos fatores que eu mencionei para se destacar, como ter bolsa, monitoria, liga, pesquisa, etc. Ele é apenas mais um aluno do primeiro semestre, e nada mais. Quando eu estava no primeiro semestre de medicina, os representantes de minha turma reclamaram disso, em uma reunião do colegiado. Um dos professores, com sua "língua de serpente", retrucou: "Vocês tem mais é que crescer e aparecer". Existem pessoas que levam tão a sério esta "hierarquia" que se torna obsessiva a idéia preconceituosa de que "bixo não presta, bixo não é gente, bixo não tem direito a nada, a não ser de apanhar" e por aí vai. Só falta quererem levar os "bixos" para o hospital e pô-los para fazer os serviços dos internos, categoria essa que também é estigmatizada. Falarei sobre isso adiante. Como eu dizia, a idéia de que calouro é a pior escória da humanidade já está tão incrustada nas mentes de calouros e de veteranos que gera hostilidades entre ambos, parecidas com as hostilidades existentes entre judeus e palestinos, e gera também auto-depreciação dos próprios calouros. Quando esses calouros tornam-se veteranos, eles vão fazer com os novos calouros as mesmas sacanagens das quais foram vítimas. O trote, então, se torna uma maneira de transmitir a tradição para as gerações seguintes, extravasar o ódio e subjugar o adversário, recebendo-o em sua casa, com um recado nas entrelinhas: "Seja bem-vindo, mas fique sabendo que quem manda aqui sou eu". Em suma, infelizmente, ser calouro ou "bixo" ainda é uma condição constrangedora, é uma situação aviltante. A vergonha não dura apenas no momento do trote ou nas primeiras semanas de aula. Dura pelo menos um semestre ou até mesmo o ano inteiro, enquanto não chega a próxima turma. Nada pior do que ser sempre apontado no campus, sempre referido como o "bixo", sempre ridicularizado, de sempre ter que disfarçar com um sorriso amarelo, respondendo que está tudo bem, tudo sobre controle, ao ser interrogado sobre como estão as aulas, de sempre aceitar a idéia de que o veterano sempre tem razão em tudo e que o calouro que fica calado ainda está sempre errado. Já passei por isso três vezes. Não pretendo passar mais.



Como eu disse ainda há pouco, o calouro não é subjugado apenas no trote. Ele é subjugado continua e psicologicamente durante todo o tempo em que for calouro. Na verdade, às vezes, o universitário é subjugado durante o curso inteiro, dependendo da carreira que seguir. Seja indiretamente, pelo meio hostil e competitivo em que vive, seja diretamente, por alguém que se considera melhor e superior a ele. Neste último caso, podemos caracterizar o bullying, termo inglês que significa algo como "assédio por meio da valentia". Trata-se de uma forma de depreciação e de submissão continuas de semelhantes. O termo baseia-se no comportamento típico, retratado em filmes e em desenhos animados, do garotão valentão da escola, que humilha os colegas que ele considera mais fracos e inferiores. Isto também acontece no Brasil. Pelo menos em Pernambuco, estão tentando acabar com isso, por força de lei (http://g1.globo.com/jornalhoje/0,,MUL1366325-16022,00-JOGO+ELETRONICO+ESTIMULA+A+VIOLENCIA+ENTRE+JOVENS.html). No entanto, não acredito que apenas fazer leis resolva o problema. É preciso educar essas crianças desde cedo para que saibam sempre respeitar seus semelhantes, em qualquer fase da vida, e não cheguem às universidades achando que têm o direito de zombar de outras pessoas e de calcá-las sob seus pés. Saiba mais sobre o bullying em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bullying;
http://www.bullying.com.br/;
http://blogs.opovo.com.br/educacao/pesquisadora-aponta-a-prevencao-contra-bullying/;
http://www.artigonal.com/ensino-superior-artigos/fenomeno-bullying-na-universidade-688751.html;
http://www.unimais.com.br/blog/default2.asp?s=artigos2.asp&id=7&titulo=Bullying%20nas%20Universidades.



Em minha opinião, o bullying na universidade é a extensão do trote. Ele pode envolver alunos de qualquer semestre. Aqueles alunos que conseguem alguma posição de destaque no curso podem aproveitar-se da situação para menosprezar e subjugar seus colegas, principalmente os menos adiantados, mesmo que sejam veteranos. Um exemplo disso são os monitores. Alguns deles aproveitam-se da posição privilegiada, se esquecem de que também são alunos e começam a agir como professores, de quem às vezes recebem tanta "carta-branca" que têm liberdade para passar trabalhos, elaborar, fiscalizar e corrigir provas, sem supervisão alguma. Em outras palavras, esses monitores praticamente têm o futuro de seus colegas menos experientes nas mãos e regozijam-se disso. Para mim, isto é mais que oportunismo. Isto é bullying. Eu vi exemplos disso, nos três cursos pelos quais eu passei, mas, o que mais me chamou a atenção foi um caso que presenciei na veterinária. Lembrei-me desse caso, quando fiz um comentário sobre o filme "Prenda-me se for capaz", estrelado por Leonardo di Caprio, em uma de minhas postagens (http://conscienciaacademica.blogspot.com/2008/11/edio-de-29112008.html#comments). O filme apresenta a história real de um adolescente que fugiu de casa, aos 16 anos, após o divórcio dos pais, na década de 60, e se tornou um estelionatário, fazendo que todos pensassem que ele era dez anos mais velho, e se passando por todo tipo de profissional, enquanto emitia cheques sem fundo. Leia meu comentário, no qual verá, além do caso da veterinária, verá, ao final, o melhor trote que já presenciei:

Mais coisas interessantes das quais me toquei no filme "Prenda-me se for capaz".
Houve uma cena em que tocaram uma música brasileira cantada em inglês. Acho que foi "Garota de Ipanema". Foi quando o protagonista estava escondido em um hotel de Hollywood e chegaram os federais para pegá-lo, mas ele consegue passar a perna em Tom Hanks.
Acho que os franceses devem ter odiado este filme. As relações entre França e EUA já foram boas. Os primeiros ajudaram no processo de independência dos segundos. Mas acho que agora eles não se bicam, principalmente após a invasão do Iraque, quando a França foi radicalmente contra. Os franceses não gostam muito de conversar em inglês. Quando o protagonista Frank foi preso na França, o agente Carl fez referência indireta aos franceses como sendo primitivos, brutos e violadores de direitos humanos. Enfim, comparou a França com um país como o Brasil.
Houve uma cena em que Frank se fez passar por professor de francês, quando ainda era aluno secundarista. Isto me fez lembrar que quando eu cursava veterinária, e passei por uma disciplina chata, havia um monitor metido a besta, que fazia muito isto, com as bençãos do professor. O cara se achava o tal. Muitas vezes se esquecia que ainda era só um estudante universitário recebendo bolsa prá ser capacho de alguém. Ele mesmo disse uma vez que a função do monitor era ser olheiro do professor, principalmente o daquela disciplina. Por quê? O professor-chefe daquela cátedra (havia outro professor, que não se dava muito bem com ele), era um dos fundadores daquela faculdade, era um dos docentes mais antigos em serviço e em idade da universidade e era "peixe" do reitor. Portanto, aquele rapaz se considerava feito na vida e com as costas largas. E muita gente beijava os pés dele, principalmente outros monitores de outras disciplinas e até de outros cursos. Então, se achava no direito de se intrometer no trabalho deles. O próprio contou que uma vez, pais de uma acadêmica, não me recordo de qual curso, o procuraram achando que ele fosse professor, e ele assim se fez passar. Reclamaram do comportamento da filha e ele sugeriu a "Lei Chico de Brito". Acho que isso queria dizer que ela devia entrar na porrada. Certa vez o sacana veio criar caso comigo porque eu estava fazendo o trabalho sacal de montar uma lâmina microscópica com a maior delicadeza possível e ele achava que eu estava usando óleo demais. Devia tê-lo feito engolir uma lâmina daquelas cheia de óleo.(...)

(...)Ainda sobre o filme, lembro-me que quando fui cursar farmácia, no primeiro dia de aula apareceu um cidadão se passando por professor de química geral. E todo mundo acreditou, porque o cara parecia mesmo, estava caracterizado como tal e era professor de alguns cursos pré-vestibulares. E o cara começou a dar aula, expondo a grade curricular da disciplina e fazendo medo, até que apareceu uma criatura do Centro Acadêmico e revelou que era trote. Nunca vi trote melhor na vida. rsrsrsrs

Nossa cultura universitária lembra um pouco a cultura das universidades norte-americanas, nas quais os alunos se matam para entrar em "irmandades". Não sei se eles são obrigados a fazer parte delas e se isso acrescenta alguma coisa no currículo, mas o fato é que, entrar naqueles "clubinhos" parece ser a maior realização de vida deles, que se submetem a todo tipo de ritual humilhante e parecido com o trote, para fazer parte do grupo. Entre as vantagens que eles enxergam nisso tudo, talvez estejam a de poder morar no alojamento da irmandade no campus e de poder participar de festas. Em nosso meio, o que temos de parecido com as irmandades são as ligas acadêmicas. Pelo menos na medicina é assim. Pelo menos a gente sabe que as ligas trazem vantagens profissionais reais, como o treinamento de habilidades do aluno e o estudo aprofundado de determinada disciplina médica. Há quem veja as ligas como formas estúpidas de especialização precoce. Um professor nosso disse que muitos alunos acabam se ligando a todos os tipos de ligas da faculdade até que acabam desligados das responsabilidades. Ele tinha razão. Muitos companheiros, na ânsia de encherem seus currículos, se filiam ao máximo de ligas nas quais conseguem entrar, gastam todo o tempo livre em função delas e acabam se esquecendo de estudar para as provas e de viver.
Voltando ao tema principal da postagem, na outra ponta do curso, temos um exemplo de bullying, que é o que pode acontecer no internato. Durante o estágio de vivência profissional teoricamente supervisionado, que pode durar de dezoito a vinte e quatro meses, o acadêmico de medicina, que nesta fase passa a ser chamado de interno (ou de doutorando, em Pernambuco), dependendo do hospital ou do setor em que esteja estagiando, pode se tornar um "saco de pancadas". O internato é importante para aprender na prática o exercício da profissão e tentar ganhar alguma segurança e alguma autoconfiança. No entanto, há coisas que o interno aprende, das quais ele, quando for médico, não vai precisar saber, porque sempre haverá um residente ou um interno para fazê-las em seu lugar. Um contrasenso, não é? Há serviços onde a burocracia para qualquer procedimento é máxima e que se escoram no interno ao máximo. Serviços onde o interno é um mero tocador, um office-boy, um "tapa-buracos", um peão, enfim, o interno é o gari da medicina. É ele que geralmente fica encarregado de limpar alguma sujeira deixada pelos superiores e de consertar os erros deles. Quando tudo dá errado, há um ditado que diz que "a culpa é sempre do interno". Trabalho máximo, lucro máximo para terceiros e aprendizado mínimo. Em hospitais desenvolvidos, há profissionais capacitados para realizar o aconselhamento pré-teste e solicitar a sorologia para HIV, quando necessário. Geralmente esses profissionais são psicólogos ou assistentes sociais. No hospital em que estagio, por que eles pagariam um psicólogo se existe o interno, que é de graça??? Na sala de parto do meu hospital, por que um obstetra se preocuparia em comprar um sonar (aparelho usado para escutar batimentos cardíacos fetais) se ele nunca vai usar??? Para fazer essa ausculta, existem o interno e o pinard (uma espécie de cone). Com esses instrumentos, o custo é baixo. Para que o obstetra vai se preocupar com um parto, se existe um interno que, se necessário, faz um pequeno corte na vagina da gestante, a fim de abrí-la mais e facilitar a saída do bebê (episiotomia), talvez retirar o bebê sozinho e depois costurar o corte (episiorrafia)??? O interno é como uma cena do filme "Tropa de Elite", na qual o aspirante Neto é praticamente jogado pelo capitão Fábio para trabalhar na oficina mecânica do batalhão. Um dos mecânicos reclama ao capitão sobre a falta de peças para as viaturas, e ele responde: "Olha, essa p... não é mais minha. Agora essa p... é do aspira". Ou seja, o interno é um aspira. O interno é um robô. O interno tem mil e uma utilidades. E ainda agüenta a opressão e a perseguição por parte de residentes e de staffs (preceptores).
Bom, vou parar com esse desabafo por aqui. Por enquanto. O que eu quis dizer é que o interno de medicina pode ser um dos elementos mais submetidos ao bullying nas universidades.
Continua...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O Poder do Marketing

FALTAM 281 DIAS.

Para começar a semana, rindo e refletindo sobre a influência equivocada da mídia para as crianças.

Duas criancinhas de cinco anos conversam no quarto:
O menino pergunta para a menina:

-
O que você vai pedir no DIA DA CRIANÇA?
- Eu vou pedir uma Barbie, e você?
- Eu vou pedir um TAMPAX! - responde o menino
- TAMPAX?! O que é isso?!
- Nem imagino... mas na televisão dizem que com TAMPAX a gente pode ir à praia todos os dias, andar de bicicleta, andar a cavalo, dançar, ir ao clube, correr, fazer um montão de coisas legais, e o melhor... SEM QUE NINGUÉM PERCEBA.


 


 

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Delinqüência social


FALTAM 282 DIAS
Uma tarde dessas, enquanto dirigia em direção ao posto de saúde onde estava estagiando, eu ouvia rádio, quando o locutor noticiou a prisão de um funcionário público, motorista de um ônibus escolar de um município próximo de Sobral, que estava retirando combustível do veículo público para vender. O locutor aproveitou a deixa para criticar a aceitação social do crime, que já está tão arraigado na sociedade que, quando menos se espera e quem menos se imagina já está cometendo pequenos delitos e depois cometendo crimes maiores sem um pingo de vergonha, de tão banalizado que o crime e a falta de respeito com o próximo já se tornaram. Ele citou o exemplo de um comerciante que vivia com medo de abrir seu ponto e trabalhar assustado com os assaltos em seu bairro, mas ele vendia bebidas alcoólicas e cigarros a menores, o que também é crime. Em suma, o comunicador quis dizer que costumamos muitas vezes apontar para os bandidos que aparecem nos programas policiais e, quando menos esperamos, estamos caminhando para nos tornarmos iguais ou piores que eles.
O crime está tão banalizado e aceito socialmente que é possível ver elementos que teoricamente respondem a processos por diversos artigos do Código Penal e que oferecem perigo em potencial transitando pelas ruas e freqüentando locais públicos, como supermercados e igrejas, por exemplo, e cumprimentando parentes e amigos, como se fossem pessoas normais, acima de qualquer suspeita.
Lembro-me que, recentemente, uma companheira de serviço esqueceu o celular no auditório da minha faculdade. Voltou alguns minutos depois para procurá-lo, mas já não o encontrou. Nenhum funcionário da faculdade e nenhum responsável pela limpeza viu o aparelho. Ela telefonou para o celular, mas ele já estava desligado. Conclusão: quem o pegou provavelmente não tinha a intenção de devolvê-lo, deve ter logo retirado o chip para jogar no lixo e aproveitado o aparelho. Deve ter sido alguém de condições sócio-econômicas razoáveis e com boa instrução. Nenhum morador de favela entrou naquele auditório para fazer o curso que estávamos fazendo. A maioria dos presentes era de universitários e de profissionais da saúde.
É a velha regra do "achado não é roubado". É isso que continuam ensinando às crianças. Não importa a classe social. O importante é aproveitar as oportunidades, mesmo sem respeitar o que é dos outros.
Nono mandamento: não cobiçarás o alheio. Depois eu vou fazer uma postagem, comentando a interpretação brasileira dos Dez Mandamentos.
Já que eu falei sobre furto de celulares, aproveito a deixa para reforçar uma dica importante e de grande utilidade pública: sugiro que pegue agora mesmo seu celular e digite *#06#. Anote o código que aparecer e guarde-o com carinho em casa. Você vai precisar dele, caso você perca seu celular. Ligue para sua operadora e forneça o código para que eles inutilizem o aparelho à distância. ISTO É MUITO IMPORTANTE. REPASSE AGORA MESMO AOS SEUS CONTATOS (http://conscienciaacademica.blogspot.com/2008/03/utilidade-pblica-2.html). Reveja também esta postagem, na qual comentei a respeito da falta de respeito com os usuários de celulares deste país: http://conscienciaacademica.blogspot.com/2008/09/perfeio-ser-que-um-dia-alcanaremos.html.
Aproveito para finalizar com outra dica importante. Não espere pela boa vontade dos outros. Veja o que fazer se perder seus documentos em http://conscienciaacademica.blogspot.com/2008/03/servio-de-utilidade-pblica.html.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Amor x sexo


FALTAM 287 DIAS.
Há alguns meses, em um programa de TV, a atriz Suzana Vieira declarou que a mulher antes dos trinta quer ser amada e, depois dos trinta, desejada.
Com o homem acontece o seguinte: quando mais jovem, ele quer ser desejado, quando mais maduro, quer ser amado e, depois dos quarenta, quer ser amado e desejado.
Aproveitando o clima carnavalesco, veja este clipe interessante e bem bolado que retrata bem as diferenças entre amor e sexo. Nos nossos dias, acho que a sociedade busca mais o sexo, porque é mais fácil de achar. Dedico à minha namorada Ane, que eu sei que gosta desta canção.




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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Hora de repensar


FALTAM 288 DIAS.

Em 14 de fevereiro, este blog completou dois anos no ar. Ele teve seus "altos-e-baixos", mas não foi tempo perdido. Falando em tempo perdido, depois eu quero falar sobre isto. Bem, quero dizer que não tive retorno financeiro, nem tenho conseguido me dedicar a este blog como eu gostaria, mas tive algum retorno significativo, apesar de tudo. Minhas idéias amadureceram. Aumentei minha seletividade em relação ao que publico aqui. Ontem eu achava que ninguém me levava a sério. Hoje eu sou um formador de opiniões. Compare a evolução, por favor. Esta foi a postagem alusiva ao aniversário anterior (http://conscienciaacademica.blogspot.com/2009/02/edicao-17-de-2009.html), e esta foi a primeira postagem (http://conscienciaacademica.blogspot.com/2008/02/batendo-o-centro.html).
Eu falei em "altos-e-baixos" porque, admito, às vezes minhas postagens saem pobres, às vezes saem ricas. Admito que existem dias em que escrevo alguma coisa à força, só para não deixar o blog estático. Existem também aqueles dias em que fico progressivamente inspirado. Dias em que começo a escrever, vem surgindo uma idéia após a outra e quase não consigo mais parar de escrever. Nesses casos, eu "castigo" no teclado e me sinto como se fosse Villa – Lobos "castigando" no piano. Por sinal, o grande compositor e maestro, que representou tão bem o Brasil e que foi tio-avô de Dado Villa-Lobos da Legião Urbana (http://www.fcdadovillalobos.com/biografia.htm), eternizou-se há cinqüenta anos. Saiba mais sobre ele em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Heitor_Villa-Lobos;
http://www.museuvillalobos.org.br/;
http://www.villa-lobos.org.br/;
http://www.memoriaviva.com.br/villalobos/.
De qualquer maneira, chegou a hora de repensar minha existência na blogosfera. Estou prestes a realizar uma grande reforma à altura das conquistas que obtive. Estou pensando em criar um espaço novo, mais maduro e mais adequado para receber novas idéias. Prepare-se, pois mudanças vêm aí, porque, assim como Tim Maia, eu também queria que o mundo inteiro pudesse me ouvir, pois tenho muita coisa para contar e dizer que aprendi.



Ontem também foi Dia de São Valentim, dia que, em minha opinião, é o verdadeiro Dia dos Namorados, como já expliquei antes:
http://conscienciaacademica.blogspot.com/2008/02/dia-de-so-valentim.html;
http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/sociedade/2010/1/6/Comerora-hoje-Dia-Sao-Valentim,1d62940a-4bcc-402b-8502-afdfbe2f3e23.html.
Veja o que faz a ignorância. Uma escola na Inglaterra proibiu a troca de cartões entre os alunos: http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1492489&seccao=Europa.
Feliz Dia de São Valentim para você. Aproveite e reveja algumas de minhas principais reflexões sobre o amor em http://conscienciaacademica.blogspot.com/2008/03/guas-de-maro.html.

Como ontem também foi celebrado o Ano Novo Chinês, e a Quaresma está para dar novamente um ar de sua graça, isso me serve para lembrar que se aproxima um tempo propício às mudanças, me serve de alerta para sentar, repensar minha vida, refazer planos, contas e obras:
http://noticias.uol.com.br/ultnot/reuters/2010/02/14/ult27u74728.jhtm;
http://aeiou.expresso.pt/fotogaleria-ano-novo-chines-em-macau=f564685.






Links de notícias que não pude deixar de ler, por esses dias, e que me impressionaram:
Idosos morrendo de calor, literalmente, em Santos:
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2010/02/10/onda+de+calor+causa+morte+de+32+idosos+em+santos+9393976.html.
Em Portugal, eles estão morrendo é de frio mesmo:
http://aeiou.expresso.pt/frio-na-origem-de-morte-de-idosos-em-lisboa=f565440.
Atleta morre durante competição nos Jogos de Inverno, que, devido ao Carnaval, estão com baixa audiência:
http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Olimpiadas/0,,MUL1488831-17698,00-ATLETA+DA+GEORGIA+MORRE+APOS+ACIDENTE+NO+PRIMEIRO+DIA+DAS+OLIMPIADAS+DE+INV.html.
Na letra fria da lei, carnaval não é feriado no Brasil, porque o feriado foi estabelecido apenas por força da tradição cultural, mas não há leis a respeito do assunto:
http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/arch2010-02-01_2010-02-28.html#2010_02-14_21_15_24-10045644-28.
Criança abusada e morta com fantasia de carnaval no Rio. Dizem que a Justiça é culpada, pois autorizou a menina a ser porta-bandeira de escola de samba. Matéria cheia de comentários indignados:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u694288.shtml.
Casa do Sílvio Santos vulnerável como sempre. Esta é, pelo menos, a terceira vez que a casa é invadida, em dez anos:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u694178.shtml.
Prisioneiro do corredor da morte mais idoso dos EUA morre de causas naturais, antes da execução:
http://noticias.uol.com.br/bbc/2010/02/14/condenado-a-morte-mais-velho-dos-eua-morre-de-causas-naturais.jhtm.



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domingo, 14 de fevereiro de 2010

Terremotos


FALTAM 289 DIAS.

Antes de qualquer coisa, peço desculpas àqueles que passaram por este espaço e que sentiram minha falta. Nunca mais tive tempo de escrever nem de publicar nada, porque tive que cuidar da criançada, que não me dava folga, nem me deixava pensar na vida direito. Vou aproveitar as férias para tentar tirar o atraso. Mês que vem, volto a cair nas mãos da criançada.
Pois bem, durante minha ausência, estava atento ao que aconteceu urbi ET orbi. Soube, por exemplo, que vários turistas, inclusive brasileiros, ficaram "ilhados" em Machu Pichu, no Peru, por conta das fortes chuvas na região, e que havia, inclusive, pessoas da minha faculdade (http://br.noticias.yahoo.com/s/28012010/25/mundo-peru-espera-resgatar-brasileiros-breve.html). Soube que cearenses que partiram para a Bolívia a fim de cursarem medicina, sem necessidade de prestar vestibular, estão comendo o pão que o diabo amassou, e a irmã de uma companheira nossa está naquele bolo (http://opovo.uol.com.br/internacional/947040.html). Soube da chicana em que um cidadão norte-americano requereu na Justiça Brasileira a guarda do filho que ele teve com uma brasileira que fugiu com ele para cá e ela veio a falecer (http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1429694-5602,00-DAVID+GOLDMAN+DIZ+QUE+TENTARA+REAVER+US+MIL+GASTOS+EM+BATALHA+JUDICIAL.html). Não posso julgar quem tinha razão na história, porque não sei como era a relação entre o garoto e seus parentes brasileiros e como era e como será a relação entre ele e o pai, e por que a mãe fugiu para o Brasil com o garoto, mas o fato é que ele ganhou a causa e levou o garoto. Como ele vai se adaptar por lá, só Deus sabe. Depois eu vou comentar a respeito dessa história de a vontade suprema dos americanos sempre prevalecer. Agora, eu acho que esse cidadão, pai do garoto Sean Goldman, que já conseguiu o queria, achar que vai conseguir arrancar cerca de 800 mil reais dos avós maternos de Sean, referentes às despesas com o processo, depois que já arrancou-lhes o menino, está sendo ingênuo e abusivo. Tudo bem que ele ficou na sarjeta, gastou o que não tinha e só conseguiu porque contou com o apoio de seus compatriotas, mas é melhor parar por aí (http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2009/12/30/ult1766u34445.jhtm). Soube também dos desmoronamentos de terra e de soterramentos que ocorreram no sul e no sudeste, por causa das chuvas, principalmente aquele que cobriu um hotel em Angra dos Reis, como já havia dito na postagem anterior (http://conscienciaacademica.blogspot.com/2010/01/bem-vindo-2010.html).
O que me chocou mesmo, em janeiro, foi o terremoto no Haiti (http://br.noticias.yahoo.com/especiais/id_haiti). Nunca tinha ouvido falar de terremoto tão devastador quanto esse.

O que tenho a dizer sobre isto é que o que deve mesmo ser feito agora é sepultar os mortos, reconstruir o que foi construído e seguir em frente. No entanto, não basta apenas reconstruir. É preciso saber cuidar. A reconstrução deve ser feita de maneira racional, podendo ser inspirada em um modelo colombiano, por exemplo, que o governo haitiano já se apressou em conhecer (http://br.noticias.yahoo.com/s/reuters/100208/mundo/mundo_haiti_colombia). Por que eu digo isso? Porque não é a primeira vez que acontece um terremoto no Haiti e, infelizmente, talvez não seja a última. Aquele país ainda por cima é uma área sujeita à ação de furacões. Um país miserável e instável. Não adianta simplesmente reconstruir tudo agora para ser tudo destruído de novo, no próximo incidente. Bem, o ideal seria se o Haiti tivesse condições de se reestruturar e de se preparar para situações como esta, do mesmo modo que o Japão, que, logo após o terremoto que arrasou a cidade de Kobe, há quinze anos, conseguiu superar o incidente. Deveriam construir prédios adaptados às condições geológicas do lugar e treinar a população para agir aos novos tremores. Mas haja verba para tudo isso!!!
Saiba mais sobre aquele terremoto de Kobe em http://solangeemmatsue.blogspot.com/2008/05/memorial-do-grande-terremoto-hanshin.html, http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u80115.shtml, http://madeinjapan.uol.com.br/2010/01/18/homenagem-as-vitimas-do-terremoto-de-kobe/, http://www.ipcdigital.com/br/Noticias/Japao/Terremoto-de-Kobe-a-licao-que-nao-pode-ser-esquecida, http://curtindoojapao.com/relatos/log/eid21.html e http://pt.wikipedia.org/wiki/Kobe.

Quando a imprensa fala sobre este terremoto do Haiti, eles mostram apenas a situação devastadora em Porto Príncipe, a capital do país. Talvez eles generalizem a situação da capital para o resto do país, porque é um país pequeno, talvez menor que Sergipe, o menor Estado brasileiro, e a densidade demográfica é maior justamente nos arredores de Porto Príncipe, de onde o epicentro do terremoto estava bem próximo. Por isso, os estragos foram os maiores naquela área, e não há registros de danos em outros lugares onde o terremoto foi sentido, como em Cuba e na República Dominicana, que faz fronteira com o Haiti.
Este terremoto, somado a outros tremores de terra que têm surgido em diversos lugares do mundo, até mesmo onde eles são incomuns, como em Sobral (http://conscienciaacademica.blogspot.com/2008/02/terremoto-em-edio-especial-ao-vivo.html e http://conscienciaacademica.blogspot.com/2008/03/terremoto-em-sobral-em-edio-especial-ao.html), no norte de Minas Gerais (http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,tremor-de-terra-deixa-uma-crianca-morta-em-minas-gerais,93085,0.htm e http://port.pravda.ru/news/cplp/brasil/10-12-2007/20738-terremoto-0) e em São Paulo (http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u394686.shtml), tem me deixado com a pulga atrás da orelha. Aquele de Minas foi o primeiro com vítima fatal no país. Nunca foram registrados tantos terremotos, especialmente de magnitudes consideráveis, em tão pouco tempo:
http://itacarenews.blogspot.com/2009/04/italia-terremoto-2009.html;
http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2009/03/23/ult1766u30309.jhtm;
http://www.tempodofim.com/un/terremotos_estatisticas.htm, http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2009/04/06/cronologia+os+piores+terremotos+dos+ultimos+anos+5362942.html;
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4010100-EI294,00-Terremoto+mata+mais+de+em+ilhas+da+Oceania.html;
http://www.dnbonline.com.br/blog/2010/01/05/todas-edicoes-do-terremoto-de-2009-pra-download/;
http://blogs.universia.com.br/sousaraujo/2009/04/16/terremotos/;
http://www.blogadao.com/terremoto-no-brasil-o-dia-que-o-pais-balancou/;
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL181695-5602,00-TERREMOTO+NO+CHILE+DEIXOU+MORTOS+E+MIL+DESABRIGADOS.html;
http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default.jsp?uf=2&local=18&section=Mundo&newsID=a2782230.xml;
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/01/100113_terremotos_americalatina_ss.shtml;
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2010/01/17/terremoto+de+magnitude+63+atinge+sul+da+costa+da+argentina+9337073.html;
http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2007/08/16/297298892.asp;
http://correio24horas.globo.com/noticias/noticia.asp?codigo=49827&mdl=28;
http://correio24horas.globo.com/noticias/noticia.asp?codigo=49647&mdl=28;
http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT1186873-1655-1,00.html.
Dizia-se que seria pouco provável que acontecesse no Brasil algo parecido com o que aconteceu no Haiti, porque nosso país está relativamente afastado das bordas das placas tectônicas, que são áreas de maior instabilidade geológica, e por não haver vulcões ativos em nosso país, mas isto agora começa a ser questionado. O território brasileiro não é geologicamente uniforme, pois está cheio de "trincas" conhecidas como "falhas geológicas". Existem mais dessas falhas do que podíamos imaginar. Não por motivo de pânico, mas é possível encontrar avisos a respeito dos riscos de abalos sísmicos no Brasil em: http://vsites.unb.br/ig/sis/sisbra.htm, http://www.brasilescola.com/brasil/risco-terremotos-no-brasil.htm e http://www.sidneyrezende.com/noticia/70557+brasil+deve+considerar+possibilidade+de+fortes+terremotos+diz+geologo. Esta página alerta para os riscos de terremotos no Brasil, lança um prognóstico do que aconteceria com o Rio de Janeiro e diz o que poderia ser feito: http://ofca.com.br/artigos/2008/04/25/250408-terremoto-que-riscos-corremos/.

Os tremores que esporadicamente têm afetado Sobral, nos últimos dois anos, foram causados por uma falha geológica. Os terremotos de Porto Príncipe, também. Quase que concomitantemente com o terremoto haitiano, na tarde de 12 de janeiro deste ano, um pouco antes ou um pouco depois deste, coincidência ou não, houve alguns tremores em alguns pontos do Brasil:
http://hojeemdians.blogspot.com/2010/01/terremoto-atinge-natal.html;
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4198159-EI8139,00-Tremor+de+terra+no+RN+atinge+regiao+metropolitana+de+Natal.html;
http://odia.terra.com.br/portal/brasil/html/2010/1/terremoto_atinge_tres_estados_57906.html.
Daí se depreende nossa preocupação. Até que ponto a estrutura do planeta Terra foi abalada por nós ou por ela mesma??? Estariam todos esses incidentes relacionados entre eles??? Seriam sinais de vida do planeta, indicando preparação para algo maior???


Continua...


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