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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Pais e filhos 2

Antes que o mês de agosto se vá, deixe-me publicar aqui mais um pensamento meu sobre a paternidade. Reveja meu outro pensamento em http://conscienciaacademica.blogspot.com/2009/08/pais-e-filhos.html.

Estava matutando com meus botões sobre até que ponto valeria a pena ter filhos. Já expliquei aqui em outras ocasiões as conseqüências de ter muitos filhos. Elas poderiam ser piores para o mundo e para eles mesmo que para mim, como eu disse em http://conscienciaacademica.blogspot.com/2008/12/edio-bombstica-de-26-12-2008.html.


 



Já nascemos com o estigma de pecadores. Cada ser humano lançado neste mundo chega predestinado a pecar, porque ninguém nasce perfeito nem 100% puro. O preço a pagar pelo dom da vida é alto. Cada um que chega é marcado com uma cruz que deve carregar durante sua caminhada pela Terra, porque Jesus morreu na cruz para salvar a humanidade e o preço de seu sacrifício foi compulsoriamente distribuído entre todos os humanos que passaram ou que passarão pelo mundo. A cruz são os problemas e os efeitos colaterais intrínsecos à existência humana, dos quais teoricamente não temos o direito de nos livrarmos nem de aliviarmos nossa barra. Então, considerando que nenhum de nós pediu para nascer e ninguém veio ao mundo porque quis, sugiro a você que evite ter muitos filhos. Tenha no máximo uma criança para dar sentido à sua existência e ao seu casamento. Pois, quanto mais filhos você gerar, serão mais inocentes lançados ao mundo aos quais serão impingidos os tributos que a vida humana no planeta cobra e que chamamos de cruz. Você não gostaria de gerar alguém para fazer sofrer, não é? Não sou a favor do aborto. Se você engravidou alguém ou carrega uma criança em seu ventre, agora é tarde para chorar o leite derramado. Mais uma vida sofredora está em curso. Portanto, receba-a.

Quanto mais braços você tiver, mais exposto (a) você está, mais lesionado (a) será e mais perdas terá. Quanto mais filhos gerar, maiores as chances de ver algum deles ser corrompido pelo mundo, que já é mestre em engoli-los.

"Pois não fechou a porta do ventre que me trouxe, e não escondeu dos meus olhos tantos males! Por que não morri no ventre materno, ou não expirei logo ao sair das entranhas? Por que em dois joelhos fui acolhido e em dois peitos, amamentado? Pois agora, dormindo, eu estaria calado e repousaria no meu sono, com os reis e governadores da terra, que constroem para si mausoléus, ou com os nobres, que possuem ouro e enchem de prata suas casas."

Jó 3, 10-15



De fato, nossos méritos são mínimos, e nossas culpas grandes. Mas o que não podemos alcançar por nós, temos todo o direito de esperar que as preces de Nossa Senhora alcancem.



http://boletim-ultima-semana.blogspot.com/2009/03/sera-que-deus-ouve-as-suas-preces.html.


Acho, então, que aqui caberia a opinião do "poetinha":

POEMA ENJOADINHO

Vinícius de Morais

Filhos...Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como o queremos!
Banho de mar
Diz que é um porrete...
Cônjuge voa
Transpõe o espaço
Engole água
Fica salgada
Se iodifica
Depois, que boa
Que morenaço
Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto
Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filho? Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los...
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem xampu
Ateiam fogo
No quarteirão
Porém, que coisa
Que coisa louca
Que coisa linda
Que os filhos são!



http://www.veraregina.com.br/cantinho/portugue/poe-bras/19.htm.



Agosto se vai, setembro está chegando com as chuvas do caju no Ceará e com a primavera no Centro-Sul do Brasil e encerro o mês com um vídeo em homenagem a minha mãe.

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