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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Para aquecer

Como hoje foi dia do veterinário, vou contar uns causos interessantes que aconteceram, quando eu cursei três anos de veterinária.
Em uma aula de anatomia, o professor abriu parênteses para a discussão sobre o valor justo a ser cobrado pelo sacrifício de um cachorro. Alguns alunos apontaram fatores que deveriam ser levados em conta para o cálculo do procedimento, como os custos dos materiais a serem empregados, a água e a energia elétrica do recinto onde seria feito o procedimento, no caso o consultório, entre outros. O professor apresentou uma lista de despesas com as quais ele arcava para manter seu consultório funcionando, incluindo a comissão paga ao contador que preparava todos os anos sua papelada do imposto de renda, e justificou que cobrava no mínimo 50 reais. Então alguém levantou a mão e disse que faltava incluir o valor da mão-de-obra na conta do procedimento. O professor respondeu mais ou menos assim: “Que mané mão-de-obra o quê, rapá? Mão-de-obra é coisa de mecânico. Tu não vai ser mecânico, vai ser é veterinário, senão tu vai é perder cliente desse jeito prá deixar de ser mercenário”.
Naquela universidade onde cursei veterinária, havia a possibilidade de o aluno adiantar sua carga horária cursando algumas disciplinas nas férias. Eram as chamadas “cadeiras de férias”. Então testemunhei um diálogo mais ou menos assim:
- E aí, macho, tu vai pagar alguma cadeira de férias neste verão?
- Macho, minha cadeira de férias vai ser uma cadeira de sol na praia, comendo um caranguejozinho com duas louras, sendo uma gelada no copo e a outra quente no colo.
Àqueles que continuaram percorrendo os caminhos que eu abandonei, especialmente o caminho da área de veterinária, desejo-lhes felicidades. Em outra oportunidade, talvez daqui a um ano, direi o que eu penso que deve ser feito para melhorar essa área no Brasil.

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