Revisando o último feriado

Na última segunda-feira, fez 40 anos do fim do sequestro do embaixador dos EUA no Brasil, Charles Elbrick. O evento durou quatro dias e terminou com a soltura e o exílio de alguns presos políticos brasileiros no México, conforme retratado no longa “O que é isso, companheiro”, cujo título em inglês é “Four days in september”. Aproveitando a deixa sobre a ditadura, falarei em outra oportunidade sobre os trinta anos da anistia. Saiba mais sobre o filme em:
http://www.espacoacademico.com.br/035/35jsf.htm.
http://everaldino.spaceblog.com.br/749/Resenha-do-filme-o-que-e-isso-companheiro-relacionado-com-a-ditadura-e-um-texto/.
http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Que_%C3%89_Isso,_Companheiro%3F_%28filme%29.
http://www.meucinemabrasileiro.com/filmes/o-que-e-isso-companheiro/o-que-e-isso-companheiro.asp.

Coincidência ou não, terminou nesta segunda um seqüestro de um garoto de 10 anos em Fortaleza, que também durou quatro dias (http://verdesmares.globo.com/v3/canais/noticias.asp?codigo=269209&modulo=183).
Logo em seguida, surgiram novos casos. Temos, portanto, dois casos em andamento, ou melhor, temos um caso ativo porque um deles já terminou:
http://www.sobralportaldenoticias.com/noticiasview.php?id=1379.
http://www.sobralportaldenoticias.com/noticiasview.php?id=1378.
http://verdesmares.globo.com/v3/canais/noticias.asp?codigo=269590&modulo=183.
http://tonnynascimento.blogspot.com/2009/09/banabuiu-refem-e-libertada-apos-resgate.html.

No Ceará, o seqüestro era um crime raro. Havia no máximo um caso por ano, até 2004. Coincidência ou não, logo após o arrombamento do cofre do Banco Central em Fortaleza, em agosto de 2005, surgiu uma onde de seqüestros no Estado sem precedentes, tomando como primeiras vítimas algumas pessoas que tiveram algum envolvimento direto ou indireto com o furto ao banco ou parentes delas. Outros criminosos que nada tiveram a ver com aquele furto perceberam que a polícia local estava despreparada para enfrentar esse tipo de crime e acharam que ele compensava resolveram se aventurar na nova prática delituosa. Embora quase todos os casos ocorridos nesses quatro anos tenham sido elucidados e quase todos os envolvidos tenham sido presos, os bandidos cearenses continuam desafiando as autoridades. Talvez pela impunidade que pode levar às recidivas.
Para rever minha opinião sobre essa grande hipocrisia que é o feriado “da pátria”, com seus desfiles militares, confira minha postagem publicada há um ano em http://conscienciaacademica.blogspot.com/2008/09/perfeio-ser-que-um-dia-alcanaremos.html.



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