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sábado, 29 de março de 2008

Águas de Março


Antes que se vá o mês de março com suas águas que fecham o verão, além das promessas de vida em nossos corações, como dizia o poeta, principalmente depois da Páscoa, quero deixar algumas considerações sobre as mulheres, porque este foi o mês delas.
Do homem que faz uma mulher chorar, nem se fala. Mas feliz mesmo é o homem que faz uma mulher sorrir. Se conseguir esta façanha, você está feito, meu chapa. Nada me deixa mais emocionado e lisonjeado do que ver a alegria brotar de um coração feminino, ao sentir minha presença, crescer até explodir e chegar até os lábios, fazendo-os se contraírem involuntariamente. Graças a Deus e modéstia à parte, eu tenho este dom de fazer muita mulher sorrir ao me ver. Eu também sorrio e elas me dizem que meu sorriso é bonito e que eu devia sempre sorrir mais. Olha que não sou dentista, nem chego aos pés de Thiago Lacerda ou de Reinaldo Gianechini. Não sei explicar o porquê de minha presença diante delas ser tão animadora. Isso não quer dizer que elas estejam necessariamente apaixonadas por mim. Veja bem, elas sorriem ao me verem, mas não necessariamente vêm atrás de mim. Não sou um Don Juan. Longe disso. Não sou alto, nem tenho dinheiro e ainda não me formei em medicina. Antigamente eu vivia me lamentando por isso. Só agora, entre estatura, dinheiro e diploma de médico, estou conseguindo o que é menos difícil e humanamente possível. Mas não tem problema. Deus sabe o que faz. É até melhor que eu não seja um garanhão, porque não quero ter várias ao mesmo tempo, não quero viver trocando de mulher, enfim, não quero levar uma vida promíscua. Amo as mulheres em geral, mas, para mim, basta apenas uma, porque eu quero mesmo é alguem para me dedicar a amar de verdade, casar e ter filhos. Claro que sexo é importante, mas não é tudo. Entrego todo dia meu destino nas mãos de Deus e acho que, se Ele quiser que Fulana, Sicrana ou Beltrana venha aos meus braços, providenciará que isto aconteça. Seria muita ingenuidade da minha parte dizer que Fulana é a mulher da minha vida. Como é que eu vou ter tanta certeza disto se não sei nem se ela é a pessoa certa para mim??? Mesmo que fosse, será que a recíproca é verdadeira??? Se não for, então deve ser tudo falso, da minha parte e da dela. Poderia eu convencê-la de que eu sou o homem da vida dela??? Olha, revendo meus conceitos, depois daquilo que escrevi na minha postagem do Dia de São Valentim, eu até poderia, desde que fosse pelo meu próprio exemplo de vida e pelas minhas maneiras de ser e de agir, sem se preocupar demais com os outros. Mais ou menos do mesmo modo que o Evangelho nos aconselha a pregá-lo, não gritando em cima dos telhados, mas pelo bom exemplo. Agora, viver atrás dela, telefonando, mandando bilhetinho ou presentinho, enfim, tentando "catequizá-la", assim não dá. Isso é extremamente artificial, vergonhoso e desagradável. Se não servir o exemplo, é porque não é a pessoa certa mesmo. O importante é ser você mesmo e encontrar alguem que goste de você do jeito que você realmente é, pois não adianta correr atrás de borboletas. O melhor é cuidar do jardim para que elas pousem nas flores. Melhor do que encontrar quem estamos procurando é encontrar quem está procurando por alguem como nós.
Ah, mulheres. Por que sentimos tanta falta delas? Quando não guardamos nenhuma delas em nossos corações, nós as procuramos. Quando não amamos, buscamos alguem para amar. Deve ser porque elas nos preenchem. Ao vê-las, elas enchem nossos olhos e limpam nossas vistas. Mas o olhar ainda não é suficiente para sentí-las. Queremos cheirá-las, como se elas fossem flores, como naquela música da Ivete Sangalo. Vou dar um exemplo melhor: a canção "Girl", dos Beatles, no seu refrão, John diz "Girl" e inspira profundamente. Queremos puxá-las para dentro de nós pelo nariz, juntamente com o ar. Ou até mesmo sem ele.
Amemos as mulheres da nossa vida, mas com os pés no chão, sem esperar demais delas, respeitando seus limites. E elas também nos farão felizes.

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