Matérias de saúde que me deixaram preocupado e que devem ser repassadas. De fato, há certa carência de dermatologistas no Estado. Lembrando que vai até sexta, para quem vive em Fortaleza, a vacinação contra rubéola, e até sábado, prá quem mora em Sobral.
NÔMADES DA CIDADE (9/9/2008)
Tuberculose e Aids são freqüentes
Infecções na pele, pneumonia, tuberculose, hepatite C e Aids são doenças comuns entre os moradores de rua de Fortaleza. E o que é pior: nem sempre tratadas. Diversos fatores concorrem para o aparecimento das doenças nessa população, tais como a constante exposição ao sol, chuva e frio. Paralelo à situação de desconforto e desalento, o depauperamento físico se intensifica pela má alimentação, tornando essas pessoas mais vulneráveis e com as defesas orgânicas comprometidas. Para a pneumologista e professora da UFC, Valéria Goes Ferreira, também a promiscuidade, a falta de higiene e a aglomeração agravam o quadro de saúde. A médica propõe a implantação de equipes de profissionais que trabalhem diretamente nas ruas, intermediando a relação entre esses moradores e a rede do SUS. Segundo ela, os andarilhos de ruas enfrentam o preconceito quando chegam às unidades de atendimento em péssimas condições de higiene e, muitas vezes, alcoolizados. Hoje, será lançada mais uma pesquisa enfocando esse segmento excluído da sociedade. A iniciativa é da Secretaria Estadual do Trabalho e Desenvolvimento Social.
Leia mais em http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=570642.
DIAGNÓSTICO PREJUDICADO (9/9/2008)
Serviço dermatológico restrito
Leishmaniose, hanseníase, doenças sexualmente transmissíveis e o HPV (verruga). Apesar de serem doenças que acometem, de forma predominante, as populações de baixa renda, o acesso ao tratamento ainda é precário. Não há atendimento dermatológico pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e os administradores de plano de saúde restringem o credenciamento de profissionais médicos dessa especialidade.
Essa situação foi analisada, ontem, pelo secretário Nacional de Vigilância em Saúde, vinculado ao Ministério da Saúde, Gerson Oliveira Pena, durante o 63º Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia, realizado no Centro de Convenções, em Fortaleza.
Gerson Oliveira criticou o fato de que as enfermidades causadas na pele atingem, em grande maioria, as pessoas pobres, enquanto cresce a cada momento a indústria da dermatologia voltada para a estética, abrangendo as camadas sociais mais favorecidas.
Segundo ele, essa situação faz com que o Brasil ainda seja detentor de um número expressivo de ocorrências de hanseníase, com 40 mil novos casos surgindo por ano.
"Toda doença que não se combate com vacina, não há como erradicá-la. Portanto, a meta do Ministério é que o diagnóstico seja dado cada vez mais cedo para os pacientes, a fim de que o tratamento se torne mais eficaz", destacou Gerson Oliveira.
Para o presidente do 63º Congresso Brasileiro de Dermatologia, que prossegue até amanhã, Heitor Gonçalves, é fato que a dermatologia não tem chegado, como se deseja, às classe sociais mais pobres. Por isso, adianta, ao fim do evento, será encaminhada uma moção destinada ao poder público pedindo a inclusão da dermatologia no credenciamento pelo SUS.
"Estamos imbuídos em proporcionar uma Medicina para os pobres. Mas isso não depende apenas da nossa sociedade e nem do Estado. Os profissionais também têm que ser motivados a se envolver mais no tratamento das doenças e menos nas intervenções estéticas", disse Heitor Gonçalves.
Ele lembrou que acontece de muitos especialistas em dermatologia procurarem se inserir em planos de saúde, mas estes não são incluídos, porque não tratam de ações de urgência e emergência. "Essa é uma situação que somente poderá mudar se as instituições de ensino, como as faculdades de Medicina e os cursos de pós-graduação, também contribuírem na mudança de atitude do estudante, para que este passe a levar em conta o impacto das doenças sobre as populações e como essas podem ser tratadas", acrescentou.
Leia mais em http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=570626.
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