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domingo, 27 de abril de 2008
Dengue vs. AR-15
A dengue está mudando a rotina de vida dos cariocas. Ninguem sabe quem ferroa mais, se é o mosquito ou são as balas perdidas. E ainda tem gente insensata que sai do Nordeste, por exemplo, para ir morar lá, achando que fez bom negócio. Tem gente de qualquer lugar do Brasil que vai lá só prá fazer um turismo suicida e fica se achando. Confere aí, materiazinha com vídeo:
http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/2008/04/26/ult4477u561.jhtm
Falando em Rio, neste fim de semana, uma ONG promoveu um protesto contra a violência, com a fixação de duas mil cruzes no Aterro do Flamengo. Aquelas cruzes representam as vítimas de homicídios cometidos este ano, naquele Estado. Protestos assim já têm sido feitos há muito tempo. O que mudou? Nada. Por que? Os promotores da violência não entendem esta linguagem. Infelizmente, eles não vão se sensibilizar com bandeiras brancas ou flores. Eles querem subjugar, humilhar e parasitar a sociedade eternamente. Se tivessem chance, dominariam o mundo. Eles se locupletam com a desgraça alheia. Só se sensibilizam se sentirem a dor da morte ou pelo menos da derrota na própria carne. Pouco antes de morrer, o traficante Escadinha disse que muitos dos traficantes trocariam suas armas por pratos de comida. Acho que não. Eles também devem sentir orgulho e ganância, sabendo que, com armas, podem conseguir mais que comidas. Então, a violência é mais uma questão de falta de caráter do que social. Caso contrário, não haveria resquício de violência e de narcotráfico em países desenvolvidos.
Não vamos nos esquecer de dar saúde, educação e empregos para os carentes, mas instituições como o BOPE infelizmente não deixam de ser males necessários, para reprimir quem corrompe a juventude e responder na medida certa àqueles que volta e meia agridem a sociedade e desafiam as autoridades com força bruta.
Interessante é que sempre houve narcotráfico no Rio, mas, até meados dos anos 60, ele era restrito aos morros. Nos anos 70, é que começaram a descer dos morros para transformar a cidade num inferno. Basta conferir, lendo o conto "Feliz Ano Novo", de Rubem Fonseca, ou vendo o filme "Cidade de Deus". Culpa dos militares. Enquanto eles estavam preocupados em perseguir os guerrilheiros e os simpatizantes do socialismo e do comunismo, faziam vista grossa para o que acontecia nas favelas e para o surgimento do Comando Vermelho. Um cidadão que se instala no pico de um morro, dizendo que manda mais do que o Presidente da República naquela comunidade, por acaso não é um subversivo também??? Nunca ouvi falar que os milicos tenham tomado alguma providência contra os traficantes naqueles tempos.
Gozado, o Rio de Janeiro sempre foi uma cidade imoral, mesmo quando era capital do país. Ali, as autoridade nunca tiveram moral suficiente para fazer cumprir a lei e garantir a ordem e o bem-estar social. Sempre foi o limbo da corrupção, mau-exemplo para o país. Culpa desse maldito "jeitinho brasileiro". Leia o livro "Agosto", de Rubem Fonseca, que você vai se impressionar, do início ao fim. O livro narra um conglomerado de histórias envolvendo personagens fictícios e personagens reais que contracenam na Capital Federal, no último mês de vida do Presidente Vargas. A narrativa enfatiza a corrupção no alto poder, policiais que são corrompidos por bicheiros, que eram na época tão mafiosos como os traficantes atuais, e a impunidade. A passagem do livro que eu mais recordo é aquela em que uma personagem vai de táxi para uma favela e o taxista se recusa a ir até lá porque "nem a polícia vai lá". A capital, que era chamada de "A Corte" no tempo do Império, era tão grande e tão degenerada que nem o Governo Federal conseguia se impor. Viva a impunidade!!!
Para conferir a matéria das cruzes, acesse:
http://noticias.uol.com.br/ultnot/2008/04/26/ult4469u23960.jhtm.
Como eu já disse antes, o narcotráfico não é problema só do Brasil. Se resolver só em um lugar e continuar no resto, não adianta. Seria bom se a Holanda enxergasse isto. A libertinagem das leis holandesas, que permitem fumar um baseado em bares e restaurantes e até sexo em praça pública, só fomenta o narcotráfico internacional. Mas parece que os holandeses vão agora se ponderar mais. Eles querem proibir cogumelos alucinógenos. É o que diz a reportagem:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u395999.shtml.
Como naqueles filmes policiais, rodados nas fronteiras entre EUA e México, envolvendo narcotraficantes mexicanos ou de outros países de língua espanhola, como por exemplo "Traffic", estrelado por Michael Douglas, Benício del Toro e Catherine Zeta-Jones, as coisas estão fervendo de verdade, na fronteira entre os países que mencionei. Confira a matéria sobre uma chacina em Tijuana:
http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2008/04/26/ult1807u44656.jhtm.
Aproveitando o título, mais um link para dengue:
Dengue já matou 92 pessoas no RJ
http://click.uol.com.br/?rf=hu-hn-man6&u=http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/2008/04/22/ult4477u549.jhtm
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