A droga em questão chama-se Rimonabanto, que atende pelo nome comercial de Acomplia©. Embora ainda não tenha sido liberada nos Estados Unidos, ela foi liberada no Brasil há um ano. Ela atua no sistema endocanabinóide, controlador do apetite e do metabolismo de carboidratos e lipídios. O sistema recebe este nome por ser o local atua a maconha, que é uma droga orexígena, ou seja, estimulante do apetite. Então, conseguiram sintetizar uma droga que atuasse no mesmo local, inibindo-o, ou seja, uma droga anorexígena. Como este sistema está ligado ao mecanismo de recompensa cerebral, especula-se a possibilidade de o Rimonabanto inibí-lo também, causando depressão e pensamentos suicidas. Por isso, o Rimonabanto não foi aprovado pelo FDA, que é uma espécie de ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nos Estados Unidos.
Nas palavras do médico endocrinologista Marcos Tambascia, professor da Unicamp: "O psiquiatra tem um olho clínico para detectar se a pessoa está deprimida. Já nós, endocrinologistas, temos que perguntar se o paciente já pensou em se matar ou achou que a vida não tinha sentido". Ele defende que os médicos em geral devem investigar o estado mental dos pacientes antes de prescreverem medicamentos contra obesidade, porque eles podem provocar alterações de humor.
Confira a notícia em http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/2008/04/09/ult4477u503.jhtm.
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