Antes tarde do que nunca. Já estão trabalhando para que seja implantado o mais breve possível na terra do governador, ainda este ano, o Programa Ronda do Quarteirão. Está precisando mesmo, porque a cidade está abandonada, muitos bairros estão abandonados. Por falta de um sistema de transporte decente que contemple todos os bairros, muitos estudantes e trabalhadores estão entregues à própria sorte, na ida e na volta das aulas ou do expediente. O bairro Derby, por exemplo, está entregue às baratas. Não se vê policiamento, nem transporte, a não ser eventuais mototaxistas, e parece que de dia é mais esquisito que a noite. Seria um lugar onde não recomendo que ninguém ande à pé, em hipótese alguma. Só se vêem pessoas alheias ao meio transitando despreocupadas de bicicleta pelas ruas desertas e com poucos carros passando. Devem ser moradores carentes das Pedrinhas, do Alto da Brasília ou quem sabe até do Sumaré que vão pedalar no Derby porque não têm dinheiro para comprar uma bicicleta ergométrica, uma esteira ergométrica ou qualquer outro equipamento de musculação. Um equipamento desses deve custar mais caro que um celular com câmera. Mesmo assim, para não ficarem ociosos em casa e não perderem a forma, porque as enfermeiras de seus postos de saúde dizem para eles praticarem exercícios regularmente, para evitar hipertensão e diabetes, então eles vão dar umas voltas pelo Derby. Lá é bom, porque não há ninguém para incomodar.
Em Fortaleza, na maioria dos bairros, os policiais do Ronda do Quarteirão têm feito um bom trabalho, apreendendo muitas armas de fogo e retirando muitos meliantes de circulação, até entupir as delegacias. Pelo menos no Papicu, a criminalidade diminuiu um pouco. De fato, agora a presença policial na cidade parece ter aumentado. A polícia agora é vista mais freqüentemente. Mas não se engane, porque isto não é suficiente. Já disse uma vez que não adianta recolher e trancafiar ou matar todos os agentes do crime se os patrocinadores do crime, como os locadores de armas e os receptadores de celulares, continuarem soltos, porque eles vão recrutar mais "mão-de-obra" entre crianças e adolescentes das favelas, e o crime nunca terá fim. Para essa escória, só repressão mesmo. Para salvar crianças e adolescentes das mãos deles, saúde, educação, emprego, alimento e espiritualidade.
A notícia já está atrasada em um mês, mas foi a única que achei: http://ocorreiodonorte.com.br/index.php?mod=article&cat=Cidade&article=48.
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