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quarta-feira, 2 de abril de 2008

Considerações sobre as postagens de ontem.

Quando estava pensando no filme que comentei ontem, "Mar adentro", me lembrei do caso do ator norte-americano Christopher Reeve, falecido em 2004 e famoso mundialmente por ter interpretado Super-Homem no cinema. Ele ficou tetraplégico após um acidente quando andava à cavalo. Ele ficou mais ou menos na mesma situação que Ramóm Sanpedro, protagonista do filme de ontem. As diferenças residem no fato de que o ator sofreu o acidente em idade avançada em relação à Ramón e já tinha vivido o suficiente para conseguir coisas que Ramón não conseguiu, como formar uma família. Talvez Reeve aparentemente estivesse mais estimulado a viver e, ao invés de buscar a eutanásia, participou de campanhas a favor das pesquisas com células-tronco. Se eu fosse Ramón, mesmo sem ter muito dinheiro e influência, me engajaria em uma campanha assim, não necessariamente pensando nas células embrionárias. À propósito, como ficou o imbróglio a respeito do começo da vida no STF???
Voltando ao filme, uma cena que me chamou a atenção foi quando Ramón disse que rejeitou sua namorada, pouco depois do acidente, porque se considerava "incapaz de amá-la". Na verdade, ele não era incapaz de amá-la, porque a gente não ama com os membros superiores, nem com os inferiores, mas com o coração e com o pensamento. Ele seria incapaz de demonstrar seu amor e de retribuir o amor dela por ele. O pobre coitado sentia o amor preso dentro de si, inclusive quando conheceu sua advogada, sem poder levantar-se e extravasá-lo, agir como homem e ser capaz de satisfazer a amada como qualquer pessoa normal. Nestas horas, inevitavelmente, a gente se pergunta o que faria se fosse conosco.

Lembra-se daquela postagem na qual deixei uma frase de Machado de Assis sobre as melhores mulheres no topo da árvore? Pois eu ainda não entendi o que ele quis dizer com "as melhores mulheres". Quais os critérios utilizados para classificá-las como melhores que as outras? Olha, não vou negar que nós homens no fundo desejamos sempre uma mulher linda e sensual em nossos braços, mas só isso não basta. Só porque Fulana se parece muito com a Beyoncé, por exemplo, isso não quer dizer que ela seja a mulher certa para mim e que vai me fazer feliz. Namorar uma mulher assim só para obter status, sem sentir um pingo de amor por ela, é falta de ética com ela e consigo mesmo. Como diria meu amigo Lewi, o que importa é a qualidade. Então, mulher, se você está sobre a copa da árvore, não quero dizer que você não mereça estar aí, mas pergunte-se a si mesma porque está. Nós homens continuamos a procurar as melhores, pelo menos para nós. Se não forem as melhores para os outros, não tem problema. Fico satisfeito com alguém que, além de eu achá-la linda, me satisfaça e que eu possa satisfazê-la também.

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