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sábado, 24 de maio de 2008

Mutirão para a dor de cabeça

    Evento alusivo à Semana da Cefaléia.

O objetivo dos atendimentos foi reduzir o tamanho da fila de espera para o Ambulatório de Dor de Cabeça

Dor de cabeça maltrata e pode se tornar pior, se cronificando. A automedicação ameniza certos quadros. Com o tempo, no entanto, acaba por intensificá-los.

Para esclarecer a população sobre as complicações da dor de cabeça - a primeira e mais incidente queixa humana - a Academia Brasileira de Neurologia instituiu 19 de maio como o Dia Nacional da Cefaléia. Em Fortaleza, o feriado de Corpus Christi foi uma oportunidade para quem sofre do problema obter uma avaliação neurológica e tentar saná-la, participando do Mutirão da Dor de Cabeça, no Hospital Geral de Fortaleza (HGF).

Foram atendidas ao longo da manhã, 200 pessoas, priorizadas devido ao fato de já terem passado por um médico de atenção primária, que tenha solicitado avaliação neurológica. A demanda excedente foi agendada para período subsequente, pois o Ambulatório de Dor de Cabeça funciona às terças e quintas-feiras.

Conforme João José Freitas de Carvalho, chefe do Serviço de Neurologia do HGF, antes do mutirão, 2.500 pessoas aguardavam por uma consulta especializada.

Características

Existem mais de 150 tipos diferentes de dor de cabeça, sendo as mais comuns (98%) denominadas primárias. As que podem ser derivadas de outros problemas orgânicos, são as secundárias.

O nome científico para as dores de cabeça é cefaléia. As cefaléias primárias, explica o médico, são aquelas causadas por distúrbios bioquímicos do próprio cérebro, ou seja, neurotransmissores e/ou seus receptores cerebrais funcionam de forma indevida.

Segundo o médico, o tratamento medicamentoso ocorre no sentido profilático, sobretudo em quem ainda não se encontra em situação crônica.

O estudante Régis Lopes, de 26 anos, que estava na fila de espera para uma consulta, durante o mutirão, admitiu ter dor de cabeça leve todos os dias. Ele disse não tomar normalmente remédio, mas sente o incômodo desde os 16 anos e deseja uma resolução, já que achava tratar-se de problema de visão e constatou, em consulta a um oftalmologista, não ser. ´Só tomo remédio se for dormir em seguida, porque aí a dor de cabeça passa´, afirmou.

Já a dona de casa Audeniza Nogueira Coura, de 59 anos, há mais de um ano na fila de espera para uma consulta neurológica, confessou que a dor de cabeça que a acompanha há muitas décadas, se agravou ainda mais este ano, ao ponto de não deixá-la mais nem dormir. ´Quando durmo, tenho pesadelos, dor de ouvido. Passava às vezes quase um mês sem ter uma crise, agora é quase todo dia. Minha vista está trêmula e embaçada. Sofro de pressão alta´, relatou.

SAIBA MAIS

30 mil pessoas em Fortaleza têm dor de cabeça todo dia

De cada 100 pessoas que buscam tratamento neurológico, 80 melhoram a intensidade, freqüência e duração das crises; 15 têm uma melhora mediana e 5 são casos mais renitentes, com melhora a longo prazo

93% da população em geral já teve dor de cabeça, sendo que 31% precisaria de tratamento médico adequado

76% das mulheres e 57% dos homens relatam pelo menos uma dor de cabeça ao mês, sendo que as mulheres sofrem mais

39% das crianças aos 6 anos já sabem o que é dor de cabeça e, aos 15 anos, 70%

Existem quase 300 tipos de cefaléia. Vários estudos mostram que em até 93% dos casos diagnosticados por não especialistas tendem a estar errados

Rose Bezerra

Repórter

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=539924.

Outras postagens sobre cefaléia:


http://conscienciaacademica.blogspot.com/2008/05/enxaqueca-atinge-90-da-populao.html.

http://conscienciaacademica.blogspot.com/2008/05/19-de-maio-dia-da-cefalia.html.


 


 


 

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