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terça-feira, 27 de maio de 2008

Data comemorativa em 27 de maio

Dia da Mata Atlântica

Quando Pedro Álvares Cabral avistou pela primeira vez o Brasil, pôde observar a densa mata que cobria nosso litoral e servia de abrigo aos nativos. Ancorado próximo da região que hoje é Porto Seguro, Cabral tomou posse da terra. Logo depois, Pero Vaz de Caminha escreveu uma carta ao rei de Portugal, descrevendo a beleza do lugar e a riqueza e variedade das plantas. Ele estava tecendo uma descrição da mata Atlântica, que se estendia por todo o litoral brasileiro.

No início, a mata Atlântica estava distribuída em uma área superior a 1,3 milhão de km², ocupando cerca de 17 estados brasileiros, ou seja, 15% do território nacional. Com a exploração da rica flora, porém, a mata ficou reduzida a cerca de 100 mil km², apenas 8% do total inicial. As principais ameaças enfrentadas pela mata Atlântica, hoje, resultam da ação direta do ser humano sobre as florestas: desmatamento e queimadas para loteamentos clandestinos, empreendimentos de infra-estrutura, exploração predatória dos recursos florestais, extração ilegal de madeira, expansão agropecuária e urbana, turismo desordenado, entre outras.

A mata Atlântica possui uma vasta biodiversidade, ou seja, uma rica variedade de plantas e animais. Além disso, é conhecida pelos seus inúmeros centros de endemismo, espécies que são encontradas somente num determinado local. A Mata Atlântica contém cerca de 450 espécies, por isso é considerada recordista mundial em diversidade de espécies de árvores. Anteriormente, esse recorde era da Amazônia peruana, com cerca de trezentas espécies, muitas das quais já foram extintas ou estão em perigo de extinção. A situação da fauna também é muito grave, pois das 202 espécies ameaçadas de extinção no Brasil, 171 estão na mata Atlântica.

Algumas organizações não-governamentais (ONGs) têm se empenhado na defesa da mata Atlântica e exercido um papel fiscalizador e denunciador de extrema importância para a sua preservação. Entre elas, há a Fundação SOS Mata Atlântica, fundada em setembro de 1986.

É entidade privada e não possui vínculos partidários nem religiosos, nem visa lucros. Sua proposta é trabalhar em projetos de educação ambiental, recursos hídricos monitoramento da mata atlântica com o auxílio de satélite artificial, ecoturismo, produção de mudas de espécies nativas, políticas públicas, legislação ambiental, denúncia contra agressões ao meio ambiente etc. É de suma importância, também, o banco de dados que a fundação elabora, bem como as parcerias, os patrocínios e todas as contribuições que recebe de seus mais de setenta mil membros.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e a Fundação estabeleceram um convênio para desenvolver o Atlas dos remanescentes florestais da mata Atlântica e efetuar o monitoramento do bioma por meio de imagens de satélite.

No Brasil, o órgão do governo responsável pela preservação, conservação, uso racional, fiscalização, controle e fomento dos recursos naturais renováveis é o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), criado pela lei no 7.735, de 22/2/1989. O Ibama foi formado pela fusão de quatro entidades brasileiras que trabalhavam na área ambiental: Secretaria Especial do Meio Ambiente, Superintendência da Borracha, Superintendência do Desenvolvimento da Pesca e Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal.


Fontes: www.sosmatatlantica.org.br;
www.ibama.gov.br.

http://www.paulinas.org.br/diafeliz/dataCom.aspx?Dia=27&Mes=5


 


 

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